segunda-feira, 29 de março de 2010

DISTRIBUIDORES DE FERTILIZANTES

O conhecimento das necessidades das culturas, da composição do solo e da função que cada nutriente tem nas diversas fases do desenvolvimento das plantas, fornecem-nos informações importantes para a fertilização do solo.
A preservação da qualidade do ambiente, da saúde dos agricultores, dos consumidores e população em geral, constituiu hoje uma grande preocupação para a humanidade.
Assim para evitar possíveis contaminações, devemos aplicar quantidades adequadas distribuindo-as homogeneamente pelo terreno. Isto pressupõe o uso de boas práticas agrícolas e o trabalho com máquinas bem afinadas, e reguladas.

Tipos de Distribuidores de fertilizantes
Distribuidores de fertilizantes sólidos:
Por gravidade.
Centrífugos.
Pneumáticos.
Localizadores.
Distribuidores de fertilizantes líquidos:
Sobre pressão.
Por gravidade.
Mistura na água de rega por aspersão.
Distribuidor de chorume.
Distribuidor de estrume semi-líquido.
Distribuidores de fertilizantes gasosos.

Regulações no distribuidor de fertilizantes

Regulação transversal
Consiste em nivelar os dois tirantes (direito e esquerdo) de modo a ficarem com o mesmo comprimento. A regulação faz-se com a manivela do tirante móvel e com a alfaia no chão.

Regulação lateral ou centralização
Esta regulação consiste, em centrar a alfaia com o tractor, colocando o comprimento dos estabilizadores em igual medida dos dois lados, medindo desde o interior da jante traseira do tractor á barra de tracção, com a alfaia suspensa no ar.

Regulação longitudinal
O braço do terceiro ponto do sistema de levantamento hidráulico deve ser ajustado em comprimento de modo a que o eixo longitudinal do distribuidor fique paralelo à superfície plana de apoio do conjunto tractor/distribuidor.
Em posição de trabalho o órgão de distribuição dos fertilizantes deve estar a 70 cm do solo.

Quantidade de adubo a distribuir

· Para obter uma distribuição uniforme do adubo é necessário:
· Consultar a tabela de distribuição do boletim do utilizador fornecido pelo fabricante;
· Cumprir todas as indicações referentes à posição da (s) adufa (s), à configuração das palhetas do (s) disco (s), à altura do órgão de distribuição relativamente ao solo, ao regime de tomada de força, à velocidade de avanço do tractor, e largura de trabalho para cada produto;
· Ter em atenção o teor de humidade dos produtos, a presença de aglomerados e a existência de vento, factores que podem prejudicar uma boa distribuição

Regulação da distribuição
A quantidade de fertilizante a distribuir por hectare nos distribuidores centrífugos depende da abertura da adufa, da largura de trabalho, e da velocidade de deslocação do tractor.
Esta quantidade pode determinar-se facilmente através da fórmula

D - débito do distribuidor em quilogramas por minuto
V - velocidade de deslocação do tractor em quilómetros por hora
L - largura de trabalho em metros
600 – Constante

O ensaio é feito da seguinte forma:
Engata-se o distribuidor a um tractor e deita-se adubo na tremonha.
Coloca-se a patilha de fixação da adufa num determinado número, e imobiliza-se.
Põe-se a tdf do tractor a 540 r.p.m., abre-se a adufa até a patilha de fixação e recolhe-se o fertilizante durante um minuto.
O Fertilizante que cai num saco ou oleado, para o efeito, conforme se trate respectivamente do distribuidor de disco(s) ou tubo oscilante. Pesa-se o fertilizante obtendo-se assim o valor D.
Em relação ao terreno onde vai ser feita a distribuição, escolhe-se a velocidade desejada obtendo-se assim o valor V.
O valor da largura de trabalho (L) obtém-se diminuindo a largura de distribuição, ou largura máxima, isto é a largura total que o distribuidor alcança pela sua quarta parte que é, de uma maneira geral, a sobreposição a fazer em cada passagem.
É esta a largura de trabalho, ou largura útil.
Exemplo:
Se o distribuidor alcança 16 metros, a largura de trabalho será de 16 ÷ 4= 4; 16 – 4 = 12 metros.
Se o valor obtido por hectare não for o desejado pode-se aumentar, ou diminuir a quantidade de fertilizante a distribuir, aumentando ou diminuindo a abertura da adufa ou a velocidade do tractor.

Manutenção
Para que haja a garantia de um longo período de vida útil desta alfaia, após a sua utilização, e visto que os fertilizantes são corrosivos devemos:
· Lubrificar todos os copos a tal destinados.
· Esvaziar a tremonha e lavar com água limpa todo o distribuidor, de modo a eliminar todas as partículas de adubo ou correctivo.
· Enxaguar.
· Reapertar todas as porcas e parafusos.
· Verificar o estado de desgaste e funcionamento dos componentes, reparando ou substituindo peças.
· Guardar o distribuidor ao abrigo do sol e da chuva, protegendo os seus órgãos com produtos anti-corrosivos ou retocando a pintura.
Recomendações de segurança
Para além das recomendações feitas na utilização do tractor, devemos ter em consideração que se tratam de alfaias accionadas pela tdf, logo:
· Devemos usar sempre as protecções nos seus devidos lugares.
· Nunca ligar a tdf sem se certificar que ninguém se encontra junto à alfaia.
· Nunca aproximar as mãos ou pés do veio da tdf, em funcionamento, muito menos com roupas folgadas ou dependuradas.
· Ao utilizar qualquer alfaia ligada a tdf deve-se cumprir rigorosamente as instruções dos manuais e nunca tirar a protecção do veio telescópico dos cardans.
· Não trabalhar com o veio telescópico de cardans em ângulos forçados (o máximo de 30º ou 70º, consoante se trate de cardans simples ou duplo respectivamente).
· Nunca ligar o equipamento previsto para trabalhar a 540 r.p.m. a uma tdf de 1000 r.p.m., ou vice-versa.
· Sempre que necessite de mexer na tdf, ou na alfaia, pare o motor. Não basta utilizar a embraiagem porque este mecanismo pode falhar, originando o funcionamento do veio.
· Usar sempre EPI’s (Equipamento de protecção individual).

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